Pelo menos 45 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em um festival religioso judeu ortodoxo em Israel por volta da 1h desta sexta-feira (30, 19h de quinta-feira no horário de Brasília), informaram veículos de imprensa locais.
A imprensa israelense havia informado anteriormente que o tumulto havia ocorrido após uma arquibancada desabar, mas o serviço de resgate disse que a confusão ocorreu porque o local estava superlotado e algumas pessoas escorregaram enquanto desciam uma escada e foram pisoteadas.
Cerca de 100 mil pessoas participavam da celebração de Lag B'Omer no Monte Meron, norte de Israel. Um vídeo gravado antes do incidente mostra um estádio lotado:
De acordo com o serviço nacional de emergência médica e desastres de Israel (MDA - Magen David Adom), 112 ficaram feridas, das quais seis estão em estado crítico em hospitais. Seis helicópteros foram enviados para socorrer as vítimas e um hospital de campanha foi montado no local.
"Um terrível desastre no Monte Meron", disse o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. "Estamos todos orando pela recuperação dos feridos. Peço que as forças de resgate que operam na área sejam fortalecidas". Netanyahu declarou domingo como dia de luto nacional pelas vítimas e prometeu uma investigação completa sobre o incidente.
"Houve cenas de partir o coração aqui. Pessoas que foram esmagadas até a morte, incluindo crianças", disse Netanyahu em um vídeo no local do acidente. "Faremos uma investigação abrangente, séria e detalhada para garantir que esse tipo de desastre nunca aconteça novamente", prometeu.
O Departamento de Investigação Policial (PID) do Ministério da Justiça de Israel vai investigar o acidente.
"Este é um dos desastres civis mais difíceis que o Estado de Israel já teve e é difícil conter a magnitude do desastre", disse o diretor-geral do MDA, Eli Bin, durante a evacuação dos feridos para os hospitais.
Testemunhas disseram que perceberam que pessoas acabaram asfixiadas ou pisoteadas. "Ninguém imaginava que isso pudesse acontecer aqui. Alegria se tornou luto, uma grande luz se tornou uma escuridão profunda", afirmou um peregrino que se identificou como Yitzhak à emissora local Canal 12.
A celebração anual que reúne milhares de pessoas no túmulo de Shimon bar Yochai, um proeminente rabino da antiguidade, havia sido cancelada no ano passado devido às restrições da pandemia de Covid-19. Neste ano, com a maioria da população de Israel vacinada contra o coronavírus, a polícia estimava que centenas de milhares de pessoas visitassem o local, apesar dos alertas das autoridades de que o evento poderia facilitar as transmissões de coronavírus, segundo a Reuters. O evento tem sido descrito como a maior aglomeração registrada em Israel desde o início da pandemia.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião