Forças de segurança israelenses parecem ter usado força excessiva contra palestinos ao escoltar colonos para assentamentos na Cisjordânia, disse o escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas nesta terça-feira.

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A ONU pediu que o Estado judeu proteja os palestinos e investigue uma onda de ataques de colonos israelenses contra civis na Cisjordânia, em particular na aldeia de Qusra, perto de Nablus.

A aldeia foi "alvo de ataque de colonos" pelo menos seis vezes em seis semanas, disse Rupert Colville, porta-voz da Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay.

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As forças de segurança israelenses, conhecidas como IDF, mataram a tiros um civil palestino em Qusra, em 23 setembro, durante confrontos entre palestinos e colonos judeus em que seis palestinos também ficaram feridos, disse em entrevista coletiva.

"Nós temos preocupações específicas sobre a forma como a IDF opera nas circunstâncias, particularmente naqueles em torno desta vila em particular ... Eles parecem ser muito rápidos para recorrer à força excessiva quando se trata dos palestinos, e não para conter os colonos", disse Colville.

No mesmo dia do tiroteio, dois palestinos menores de idade foram detidos durante duas horas e foram supostamente espancados e humilhados por soldados da IDF antes de serem libertados, disse ele.

Em 6 de outubro, os palestinos de Qusra descobriram que pelo menos 200 árvores pertencentes a quatro famílias haviam sido cortadas, privando-os de sua principal fonte de renda, acrescentou.

"A responsabilização pela violência dos colonos contra os palestinos é menos do que a adequada, digamos assim, e certamente não é comparável quando o caso é o contrário. Quando os palestinos atacam colonos sempre há uma reação muito, muito forte", disse Colville.

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A polícia israelense disse no domingo que prendeu um segundo suspeito na sequência de um incêndio criminoso em uma mesquita atribuído a um grupo militante pró-assentamentos.

Israel nomeou uma força-tarefa especial para investigar incêndio da semana passada na aldeia árabe-israelense de Tuba-Zangariya, em meio a temores de que possa agravar as tensões com os palestinos.

O grupo militante pró-assentamentos, também acusado de outros ataques em mesquitas, já disse que quer vingar a morte de colonos, e protestar contra os esforços israelenses para retirar assentamentos não autorizados construídos em território que os palestinos querem para seu Estado.

A violência coincide com o aumento das tensões por conta da tentativa palestina de obter reconhecimento junto ao Conselho de Segurança da ONU para seu Estado em terras na Cisjordânia, capturadas por Israel na guerra de 1967. Israel e Estados Unidos são contra o pedido, enviado ao Conselho no mês passado.

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