O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que Israel vai fazer tudo o que puder para evitar que as potências mundiais cheguem a um acordo "ruim e perigoso" com o Irã sobre seu programa nuclear.
Ele disse em uma reunião semanal do gabinete, neste domingo, que com os Estados Unidos e o Irã sinalizando para o desenho de uma estrutura de acordo no próximo mês, "vamos fazer de tudo para frustrar um acordo ruim e perigoso, que vai lançar uma nuvem escura sobre o futuro do Estado de Israel e sua segurança".
Os Estados Unidos e outros membros do Conselho de Segurança da ONU, além da Alemanha esperam acertar um acordo global de longo prazo sobre a fixação de limites para o enriquecimento de urânio no Irã até o final de junho.
Os comentários de Netanyahu ocorrem no mesmo dia em que o chanceler iraniano Mohammed Javad Zarif disse, na Alemanha, que agora havia uma janela de oportunidade para chegar a um acordo final. "Esta é a oportunidade de fazê-lo, e precisamos aproveitar esta oportunidade", disse. "Isso pode não se repetir."
Zarif defendeu, porém, que as sanções contra o seu país deveriam ser suspensas, dizendo que se elas tinham a intenção de parar suas ambições nucleares, tinham falhado. Zarif disse que quando as sanções foram impostas, o Irã tinha 200 centrífugas e gora havia 20 mil. "As sanções são um passivo, você precisa se livrar delas se quer uma solução", disse.
Na manhã deste domingo, Zarif teve uma reunião com o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry. Após o encontro, o chanceler iraniano disse que progressos haviam sido realizados nos últimos meses e sugeriu que seria improdutivo ampliar ainda mais as negociações. "Estamos chegando em um ponto em que é muito possível fazer um acordo... E não acredito que algo será diferente daqui a um ano".
O Departamento de Estado dos EUA caracterizou a discussão deste domingo entre Zarif e Kerry como "construtiva".
As declarações de Netanyahu também ocorrem em meio a uma polêmica sobre seu planejado discurso sobre o Irã perante o Congresso norte-americano no próximo mês. A visita foi organizada pelas costas da Casa Branca.
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