A região Norte da Faixa de Gaza voltou a ser alvo de intensos bombardeios nas últimas 24 horas, que vitimaram pelo menos 266 pessoas neste 16º dia de guerra. O governo israelense voltou a lançar panfletos sobre o território pedindo que os habitantes migrem para o Sul como medida de segurança.
O Exército também alertou que pode considerar aqueles que não seguirem a orientação como “cúmplices dos terroristas”.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) advertiu que a ajuda humanitária se tornará inútil se não for acompanhada do fornecimento de combustível, uma vez que os hospitais não podem funcionar sem eletricidade. Um novo comboio de 17 caminhões foi autorizado a entrar em Gaza na manhã deste domingo (22), com água, comida e medicamentos.
Até o momento, 25 instalações médicas foram danificadas por bombardeios israelenses, e 49 profissionais de saúde perderam a vida em ataques aéreos desde o início da ofensiva em 7 de outubro.
Os serviços médicos do Crescente Vermelho palestino pediram a intervenção da comunidade internacional diante do pedido israelense de “evacuação imediata” do Hospital Al Quds na Cidade de Gaza, que foi ameaçado de bombardeio. O hospital abriga mais de 400 pacientes e cerca de 12.000 civis deslocados, além do pessoal médico.
Segundo a entidade, o Hospital de Reabilitação Médica Al Wafa fez um apelo desesperado por combustível para ligar o gerador, pois a falta de energia representa uma ameaça à vida dos pacientes, incluindo 30 feridos nos ataques.
O conflito entre Israel e o Hamas já vitimou mais de 6 mil pessoas em ambos os lados, sendo mais de 4 mil apenas entre os palestinos. Informações da Efe apontam que milícias palestinas continuam a disparar foguetes contra as tropas israelenses.