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Carros de cidadãos palestinos queimados na cidade palestina de Huwara (Cisjordânia), no dia 27 de fevereiro de 2023, após o ataque na por cerca de 400 colonos em vingança por um ataque palestino que matou dois israelenses: Cisjordânia é um dos principais epicentros da violência entre israelenses e palestinos
Carros de cidadãos palestinos queimados na cidade palestina de Huwara (Cisjordânia), no dia 27 de fevereiro de 2023, após o ataque na por cerca de 400 colonos em vingança por um ataque palestino que matou dois israelenses: Cisjordânia é um dos principais epicentros da violência entre israelenses e palestinos| Foto: EFE / Pablo Duer

Um israelense morreu nesta terça-feira (30) em um ataque a tiros reivindicado por uma milícia palestina nas proximidades de uma colônia israelense no norte do território palestino ocupado da Cisjordânia, enquanto segue a forte escalada de violência na região, informou o Exército de Israel.

A vítima, um homem de 30 anos, ficou gravemente ferida após ser baleado várias vezes enquanto dirigia seu veículo perto do assentamento de Hermesh, localizado no norte da Cisjordânia.

Ele foi atendido por paramédicos do serviço de emergência Magen David Adom (MDA, equivalente à Cruz Vermelha) e levado de helicóptero para o hospital, onde acabou morrendo.

As tropas israelenses iniciaram as tarefas de busca e captura dos supostos autores do tiroteio, que qualificaram de "terroristas", terminologia usada para se referir a ataques cometidos por palestinos no âmbito do conflito palestino-israelense.

Milícia

O ataque foi reivindicado por milicianos palestinos da área da cidade de Tulkarm pertencentes à Brigada dos Mártires de Al Aqsa, um grupo armado ligado ao partido governista Fatah.

"Os membros da organização realizaram uma operação especial e abriram fogo diretamente contra um carro de colonos", disse a milícia em comunicado, descrevendo o ataque como uma "vingança" pelas ações israelenses na área.

Na madrugada de hoje, as forças israelenses realizaram uma incursão ao campo de refugiados de Nur Shams, localizado no distrito de Tulkarem, onde prenderam dois "suspeitos de envolvimento em atividades terroristas".

Durante o ataque houve confrontos com moradores palestinos, que lançaram coquetéis molotov e dispararam contra as tropas israelenses, "que responderam com munição real", disse um porta-voz militar.

Um soldado israelense "foi levemente ferido por estilhaços de um dispositivo explosivo", acrescentou.

Ano mais mortífero

Tudo isso em meio a uma forte retomada do conflito, que em 2023 vive o ano mais mortífero desde a Segunda Intifada (2000-2005) e que tem o norte da Cisjordânia como um dos principais epicentros da violência.

Até agora, 121 palestinos foram mortos em Cisjordânia e Israel, a maioria deles militantes em confrontos violentos com tropas israelenses durante incursões em cidades palestinas, mas também civis, incluindo 20 menores.

Do lado israelense, incluindo o morto de hoje, faleceram 20 pessoas em ataques cometidos por palestinos, a maioria colonos, incluindo três menores.

Por mais de um ano, os ataques cometidos por palestinos contra israelenses — especialmente forças de segurança e colonos — aumentaram, assim como as agressões cometidas por colonos israelenses.

Por sua vez, multiplicaram as operações militares israelenses em cidades palestinas para prender suspeitos, muitas vezes resultando em mortes e ocorrendo quase diariamente.

Ainda ontem, um palestino foi morto em um ataque das forças israelenses na cidade de Jenin, um dos principais centros de tensão no norte da Cisjordânia.

Israel ganhou o controle de Cisjordânia e Jerusalém Oriental na Guerra dos Seis Dias de 1967 e, desde então, manteve uma ocupação e colonização desses territórios que é uma das mais longas da história recente.

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