Jerusalém (AE/AP) Líderes israelenses afirmaram ontem que assassinarão o primeiro-ministro do Hamas e outros políticos do movimento islâmico caso o braço armado do grupo volte a agir. O primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, e outros líderes do centrista Partido Kadima transmitiram a mensagem apenas três semanas das eleições gerais israelenses, previstas para o próximo dia 28.
Ao mesmo tempo, os líderes israelenses prometeram reduzir drasticamente o repasse de verbas a assentamentos judaicos na Cisjordânia, utilizando bilhões de dólares em projetos de desenvolvimento dentro de Israel, uma proposta popular entre os eleitores. Acredita-se que o Kadima, que vem cortejando tanto os eleitores pacifistas quanto os de linha dura, vencerá o pleito e formará o próximo governo de Israel, mas o partido tem perdido pontos nas pesquisas de opinião.
O clima de ameaça se espalhou quando o ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz, disse à Rádio do Exército que um futuro governo do Kadima não hesitará em assassinar líderes do Hamas caso o grupo volte a promover ataques contra alvos israelenses.
O grupo islâmico não promove ações contra Israel desde fevereiro do ano passado, quando o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, atualmente em coma depois de uma série de derrames, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas anunciaram uma trégua.
Questionado especificamente sobre Ismail Haniye, um político moderado designado para ser o primeiro-ministro do Hamas, Mofaz respondeu: "Se o Hamas nos apresentar o desafio de ter de confrontar uma organização terroristas, nenhum de seus seguidores estará imune, nem mesmo Ismail Haniye."
A declaração de Mofaz veio à tona apenas um dia depois de um ataque israelense a um carrinho de sorvete ter causado a morte de dois supostos membros da Jihad Islâmica e de três civis, entre eles duas crianças.
Haniye procurou minimizar a importância das declarações de Mofaz Segundo ele, "essa escalada contínua tem como objetivo derramar mais sangue palestino, complicar a situação e prejudicar a formação do governo palestino".
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