Ministros israelenses exigiram neste domingo que os Estados Unidos parem de espionar Israel, após revelações de que a Agência de Segurança Nacional (NSA) interceptou e-mails dos escritórios de ex-líderes do país.
Esta foi a primeira vez que autoridades israelenses expressaram raiva desde que detalhes dos programas de espionagem norte-americanos começaram a ser revelados pelo ex-analista da NSA Edward Snowden. Israel aproveitou o escândalo para pedir novamente a libertação de Jonathan Pollard, um ex-analista do serviço de inteligência norte-americano que está preso há mais de três décadas nos EUA, acusado de ser espião a serviço de Israel.
"Isso não é legítimo", disse o ministro israelense de Inteligência, Yuval Steinitz. Ele pediu que os dois países cheguem a um acordo sobre espionagem.
"É bem constrangedor algo assim entre países que são aliados", disse o ministro do Turismo", Uzi Landau. "Este é um momento melhor do que qualquer outro para Jonathan Pollard ser solto."
Documentos vazados por Snowden e publicados por The Guardian, Der Spiegel e The New York Times na semana passada revelaram que a agência britânica de inteligência GCHQ trabalhou com a NSA de 2008 a 2011 para interceptar e-mails que pertenciam aos gabinetes do então primeiro-ministro, Ehud Olmert, e do ministro de Defesa, Ehud Barak.
Amir Dan, porta-voz de Olmert, minimizou as revelações. Segundo ele, o e-mail alvo de espionagem não era usado para comunicações importantes.
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