A maioria dos israelenses quer uma investigação independente sobre a guerra no Líbano, mostrou uma pesquisa de opinião nesta quinta-feira, colocando mais pressão sobre o premiê israelense, Ehud Olmert, que determinou a abertura de um inquérito.
Olmert anunciou, na segunda-feira, que duas comissões analisariam a guerra contra o Hezbollah, rejeitando um inquérito completo do Estado, liderado por um juiz aposentado, que poderia levar a demissões no governo e nas Forças Armadas.
Alguns ministros criticaram a decisão e pediram um inquérito do Estado. Olmert buscará uma votação de sua decisão em um encontro do gabinete na quarta-feira, e deve conseguir um acordo, disse uma fonte política.
Uma pesquisa com 500 pessoas encomendada pela rádio Israel disse que 64 por cento dos israelenses desejam uma investigação independente sobre a conduta do governo, sobre a prontidão do Exército e sobre seu fracasso em esmagar uma força de guerrilheiros relativamente pequena.
Olmert reconheceu falhas na maneira como a ofensiva de 34 dias contra o Hezbollah foi empreendida, mas disse não desejar expor o Exército a uma investigação aberta.
Um frágil cessar-fogo entrou em vigor no dia 14 de agosto.
A pesquisa também mostrou o baixo apoio a Olmert em seu partido centrista, o Kadima. Cerca de 39 por cento dos eleitores do Kadima prefeririam a ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, como a candidata do partido ao cargo de premiê se novas eleições acontecessem. Apenas 15 por cento escolheriam Olmert, enquanto 46 por cento ficariam indecisos.
Apesar de pedidos para sua demissão por causa da guerra do Líbano e uma série de escândalos governamentais, muitos analistas políticos esperam que Olmert sobreviva, parcialmente porque não há um líder alternativo. Após a eleição de março, não deve haver uma nova votação tão cedo.
A guerra do Líbano começou no dia 12 de julho, quando guerrilheiros do Hezbollah capturaram dois soldados israelenses em um ataque na fronteira.
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