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Fontes do governo da Itália informaram nesta quarta-feira (6) à imprensa que o país não renovará sua participação na Nova Rota da Seda, o projeto da ditadura da China de grandes investimentos em infraestrutura em todo o mundo.
O governo da primeira-ministra Giorgia Meloni informou ao regime chinês, numa carta enviada nos últimos dias, que o contrato da Itália para integrar o programa, que expira em março de 2024, não será renovado.
A Itália é o único país do G7, grupo das economias mais desenvolvidas do mundo, a integrar a Nova Rota da Seda, da qual participa desde 2019.
No ano passado, quando chegou ao governo, Meloni já havia adiantado que não renovaria o compromisso porque, segundo ela, o programa não trouxe ganhos significativos para a Itália.
“Temos toda a intenção de manter excelentes relações com a China, mesmo que já não façamos parte da Nova Rota da Seda”, disse uma fonte do governo italiano à agência Reuters.
“Outras nações do G7 têm relações mais estreitas com a China do que nós, apesar de nunca terem participado [do programa]”, afirmou a mesma fonte.
Mais de cem países em todo o mundo aderiram à Nova Rota da Seda, mas o programa, que chegou a ser chamado de “projeto do século” pelo ditador Xi Jinping, tem sido questionado devido às grandes dívidas contraídas pelos países em desenvolvimento participantes.