O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, afirmou neste sábado ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que o país apoia a retirada da Rússia do sistema internacional de pagamentos SWIFT, apesar do fato de nas últimas horas Roma ter manifestado preocupação à União Europeia sobre a possível medida.
O governo italiano informou hoje que Draghi telefonou para Zelensky e lhe disse que "a Itália apoia e apoiará plenamente a linha da União Europeia sobre sanções contra a Rússia, incluindo aquelas (relacionadas à retirada) da zona SWIFT".
A saída da Rússia do sistema SWIFT isolaria os bancos russos e pressionaria os bancos europeus com presença na Rússia, incluindo os bancos italianos, que no terceiro trimestre do ano passado tinham cerca de US$ 25 bilhões em empréstimos pendentes na Rússia, de acordo com dados do Banco de Compensações Internacionais (BIS).
A Itália tem sido um dos países que tem apresentado à União Europeia "preocupações" com a exclusão da Rússia deste sistema, como foi reconhecido nas últimas horas pelo ministro da Economia, Daniele Franco, que também indicou que tornaria difícil para a Itália pagar pelo gás que compra do país, de onde geralmente importa 45% de seus suprimentos.
Draghi também aproveitou o telefonema para resolver os "mal-entendidos" que surgiram na sexta-feira e para garantir que a Itália enviará ajuda para a Ucrânia se defender contra a invasão russa.
Draghi disse na sexta-feira que havia tentado falar com o presidente ucraniano por telefone, mas não obteve sucesso. O comentário foi recebido com ironia por Zelensky nas redes sociais: "Da próxima vez tentarei mudar o cronograma de guerra para falar com Mario Draghi em um horário específico. Enquanto isso, a Ucrânia continua a lutar por seu povo".
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