O Parlamento italiano aprovou, nesta quinta-feira (18), um novo projeto de lei que torna a punição de ativistas climáticos envolvidos em atos de vandalismo contra monumentos e locais históricos mais dura.
A medida, aprovada pela Câmara Baixa do Parlamento, com uma votação de 138 votos a favor e 92 contra, prevê multas de até 40 mil euros (R$ 216,5 mil) para aqueles que danificam monumentos, e até 60 mil euros (R$ 321,8 mil) se o patrimônio cultural for destruído. As multas atuais variam entre 1.500 (cerca de R$ 8 mil) e 15 mil euros (R$ 80 mil) e os valores desembolsados pelos condenados serão destinados à limpeza e conservação dos monumentos atingidos.
Nos últimos meses, manifestantes ligados à causa ambiental realizaram uma série de protestos visando obras de arte e marcos históricos famosos no país, como a Fonte de Trevi, em Roma; o Palazzo Vecchio, em Florença; e a Ópera La Scala, em Milão, onde atiraram tinta, reivindicando uma ação mais forte do governo contra o uso de combustíveis fósseis.
Casos semelhantes ocorrem em outras partes da Europa. No ano passado, um grupo de ativistas ambientais, ligado ao movimento Last Generation, vandalizou o Portão de Brandemburgo, um importante monumento do século XVIII localizado em Berlim, na Alemanha. O vandalismo resultou na prisão de 14 pessoas que participaram da ação.
A nova legislação, apelidada de “lei dos ecovândalos”, é a mais recente medida do governo de direita da primeira-ministra Giorgia Meloni para defender seus ideais em relação à lei e à ordem na Itália. A premiê também é responsável por implementar outras ações mais duras no país, por exemplo, contra a permanência de imigrantes ilegais.