A Itália começa a perceber sinais de que a propagação do novo coronavírus está desacelerando no país, depois de contabilizar mais de 100 mil infectados. Nesta terça-feira (30), o número de novos casos registrados nas últimas 24 horas voltou a cair em relação ao dia anterior: foram 4.023 casos, em comparação com 4.050 na segunda-feira.
O país já chegou a contabilizar 6,6 mil pacientes contaminados em um único dia - o que aconteceu em 20 de março. Mas desde 26 de março, esses números vem diminuindo.
O presidente do Instituto Superior de Saúde da Itália, Silvio Brusaferro, afirmou nesta terça-feira que os dados de coronavírus mostram que o país está "alcançando uma espécie de platô", ou seja, já passou do pico de contágio. Segundo ele, esse é um sinal que mostra que as medidas de contenção da propagação do vírus adotadas na Itália estão funcionando.
"Dizer que chegamos a um platô significa que chegamos ao pico, mas este não é uma ponta, é um planalto do qual agora precisamos descer", disse Brusaferro, segundo a agência Ansa. Ele disse também que o número de pessoas infectadas ainda deve aumentar.
Até agora, a taxa de contaminação, ou seja, quantas pessoas cada paciente pode infectar, é de cerca de um. "O objetivo é que a taxa fique abaixo de um e depois vá para zero", afirmou, segundo o jornal Corriere Della Sera. Brusaferro também salientou que essa desaceleração ainda deve demorar um dias para se refletir no número de mortes.
O balanço apresentado pelas autoridades italianas nesta terça-feira mostra que 105.792 pessoas contraíram o vírus e que, destas, 77.635 estão doentes atualmente. Mais de 15 mil italianos se recuperaram e 12.428 morreram em razão da doença – 837 nas últimas 24 horas. Mais de 28 mil pacientes estão hospitalizados com sintomas, sendo que 4.023 estão em UTI.
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