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TERROR

Itália descarta ataques na Síria e diz que outra estratégia é necessária

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi | KW/RC/LON/JV/POOL
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi (Foto: KW/RC/LON/JV/POOL)

A Itália não tem intenção alguma de se juntar à coalizão liderada pelos Estados Unidos que ataca o Estado Islâmico na Síria, afirmou o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, neste domingo (6), acrescentando que a ofensiva aérea só trará mais caos à região.

A oposição de centro-direita tem pressionado Renzi a seguir os passos da Grã-Bretanha, que na última semana concordou em fazer parte das missões na Síria, mas Renzi afirmou ao jornal Corriere della Sera que a Itália se manterá à margem do conflito.

“Se se tornar um protagonista significa zelar por bombardeios causados por outros, então eu digo “não, obrigado”, disse Renzi, segundo o jornal.

“A posição da Itália é clara e sólida. Nós queremos exterminar os terroristas, não agradar os especialistas. A única coisa que não precisamos é multiplicar as reações no local do confronto, sem uma visão estratégica”, disse.

O primeiro-ministro comparou o bombardeio na Síria à ofensiva aérea da Otan contra a Líbia em 2011, que ajudou os rebeldes a derrubarem Muammar Gaddafi, marcando o início de mais quatro anos de guerra civil naquele país. 

Ele afirmou que Itália fora pressionada pelo então presidente francês Nicolas Sarkozy a fazer parte dos ataques. “Quatro anos de guerra civil na Líbia mostram que aquela não foi uma decisão feliz. Hoje precisamos de uma estratégia diferente”. E acrescentou: “O que não podemos permitir é uma repetição do que ocorreu na Líbia”.

Os EUA e seus aliados vêm bombardeado o Estado Islâmico no Iraque e na Síria, tentando afastar o grupo das faixas territoriais que eles dominam nos dois países. 

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