O governo da Itália decidiu abandonar o plano de adiar a aposentadoria de alguns trabalhadores. De acordo com o plano, os italianos não poderiam mais incluir os anos de faculdade e serviço militar no período de 40 anos de trabalho necessário para poder se aposentar. O serviço militar era obrigatório no país até 2005.
Ao desistir da medida, o governo fica com um déficit de 45,5 bilhões de euros (RS$ 104 bi) no seu pacote de cortes no orçamento. A reforma no sistema de aposentadoria geraria uma economia de 1 bilhão de euros a partir de 2014, um buraco que agora o governo tentará cobrir com um aumento na fiscalização contra a sonegação fiscal.
O recuo é outro golpe para a coalizão do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que tenta há meses montar um plano de austeridade que satisfaça sua instável base aliada e também o Banco Central Europeu (BCE). Faltando poucas semanas para o Parlamento dar sua decisão final sobre o pacote, Berlusconi está ficando sem opções.