A Justiça italiana anunciou nesta segunda-feira que 20 membros das juntas militares de Bolívia, Chile, Peru e Uruguai serão julgados pelo desaparecimento de 23 cidadãos italianos durante a chamada Operação Condor entre as décadas de 1970 e 1980.
Entre esses 20 estão o ex-presidente peruano Francisco Morales Bermúdez (1975-1980) e o ex-chefe repressor de Augusto Pinochet, Manuel Contreras, informou nesta manhã o juiz Alessandro Arturi, que instruiu a fase preliminar durante o último ano.
Segundo a sentença, à qual a Agência Efe teve acesso, o início do julgamento está marcado para 15 de fevereiro de 2015.
Estas 20 pessoas serão julgadas pelo desaparecimento e o assassinato de 23 cidadãos italianos no contexto desta operação, idealizada pelo chileno Pinochet e que coordenou a repressão da oposição política entre os regimes de Chile, Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia.
Os acusados neste caso chegavam a 33 pessoas, mas dez deles - de nacionalidade uruguaia - ainda não foram enviados a julgamento, uma vez que Arturi ainda deve verificar se podem ser julgados na Itália pelas mesmas acusações pelas quais já foram julgados em seu país.
Apesar do anúncio inicial de que seriam 21 os processados, na sentença aparecem apenas 20 nomes e entre eles não está o do ex-presidente boliviano Luis García Meza Tejada, presente por outro lado em outras atas desta causa.
Entre os indiciados está o coronel uruguaio Pedro Antonio Mato Narbondo, que fugiu para Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, onde se casou com uma brasileira.
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