O governo da Itália negou nesta quinta-feira (15) uma versão jornalística de que seus serviços secretos subornaram o Taleban com milhares de dólares em troca de segurança em uma zona do Afeganistão a cargo das forças italianas. Segundo um jornal britânico, Roma teria feito esse pagamento sem informar as forças aliadas.
O escritório do primeiro-ministro Silvio Berlusconi disse que a informação divulgada pelo jornal "Times", de Londres, era "totalmente infundada". O ministro da Defesa, Ignazio La Russa, qualificou a matéria como "lixo" e disse que processará o diário.
O "Times" afirma que a Itália pagou "dezenas de milhares de dólares" a comandantes do Taleban no distrito de Surobi, a leste da capital afegã, Cabul. O jornal citou funcionários militares ocidentais, incluindo altos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que pediram anonimato.
Segundo a reportagem, Roma não informou os aliados e enganou os franceses, que tomaram controle do distrito de Surobi, em meados de 2008, acreditando que a zona era tranquila e segura. Pouco depois, o contingente francês foi vítima de uma emboscada na qual dez soldados morreram. O ataque teve uma grande repercussão política em Paris.
"O governo de Berlusconi nunca autorizou nem permitiu de forma alguma o pagamento a membros da insurgência do Taleban", diz o comunicado do primeiro-ministro. O texto também afirma desconhecer qualquer pagamento do tipo no governo anterior. Berlusconi venceu as eleições de abril de 2008 e substituiu o governo de centro-esquerda de Romano Prodi.
Um porta-voz do Ministério da Defesa da França disse que não tinha "informação para confirmar o que havia sido escrito no 'Times'". O funcionário enfatizou que as tropas na região compartilham informação e têm confiança mútua. Um porta-voz da Otan, James Appathurai, não quis se pronunciar sobre o caso.
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