O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, disse ontem que estuda realizar intervenções contra traficantes de pessoas na Líbia como uma das ações para tentar diminuir o fluxo de imigrantes no mar Mediterrâneo. Segundo o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), pelo menos 1.650 pessoas morreram em naufrágios no trecho entre a África e a Itália desde janeiro, quase a metade das 3.500 mortes registradas na região em todo o ano de 2014.
Em entrevista, Renzi disse que a hipótese de uma ação militar está fora de cogitação no momento, mas disse acreditar que é possível intervir para destruir as quadrilhas de traficantes. Ele não deu detalhes de como se daria o processo.
”Vemos organizações criminosas que estão fazendo negócios, ganhando dinheiro e, sobretudo, roubando muitas vidas. A União Europeia não pode concordar com a comercialização de vidas humanas, mas colocar em prática ações para acabar com esta prática”, afirmou Renzi.