A Itália reconheceu nesta segunda-feira o Conselho Nacional de Transição como interlocutor único da Líbia. "A Itália decidiu reconhecer o conselho", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Franco Frattini, após conversa com o líder dos insurgentes, Ali al-Isawi. Apenas a França e o Catar haviam reconhecido o conselho que está sediado na cidade de Benghazi, ao leste da Líbia.
"Falamos sobre o envio imediato de peritos para Benghazi, peritos de várias áreas: energia, transporte, saúde e infraestrutura. Essas pessoas devem ser reconhecidas pelo conselho em Benghazi", disse Frattini. O ministro italiano disse também ter conversado com seu colega grego sobre a visita ontem do enviado de Muamar Kadafi, o vice-primeiro-ministro de Relações Exteriores da Líbia, Abdelati Laabidi, ao primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou.
"Esta manhã, tive uma conversa telefônica com o ministro das Relações Exteriores da Grécia, que me explicou o que aconteceu e a mensagem foi: 'o regime respeita o cessar-fogo'. Nada foi dito sobre uma saída de Kadafi", relatou Frattini. "Esse é o motivo pelo qual não é possível que aceitemos a situação", disse, acrescentando que "as propostas não são críveis. Não é possível aceitá-las".
Após negociações em Atenas, o ministro das Relações Exteriores da Grécia, Dimitris Droutsas, disse que o regime de Kadafi estava "em busca de uma solução" para o conflito. Os rebeldes líbios insistiam hoje que toda a família de Kadafi deixasse o país antes de qualquer trégua. Circularam informações de que seus filhos lançaram uma proposta para realizarem a transição, que incluiria reformas democráticas.
O líder do Conselho Nacional de Transição disse que a sucessão por um filho de Kadafi era inaceitável. Isawi afirmou ainda que o conselho "respeitará os direitos legítimos dos estrangeiros e de companhias estrangeiras na Líbia", incluindo a companhia de energia italiana ENI, a maior companhia de petróleo estrangeira operando no país.
Frattini também informou que a opção de armar a oposição líbia para combater as forças leais a Kadafi não deve ser descartada, mas utilizada somente como "última opção". O ministro disse que a Itália enviará aviões e um navio hospital para retirar pessoas feridas do país, incluindo de Misurata. As informações são da Dow Jones.
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