Cruz de madeira em cemitério de Lampedusa, na Itália| Foto: Antonio Parrinello/Reuters

Mergulhadores italianos recuperaram ontem mais 38 corpos perto da ilha de Lampedusa, onde na semana passada naufragou um navio com centenas de imigrantes africanos a bordo, informou a Guarda Costeira. Com isso, o número oficial de mortos na tragédia subiu para 232.

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O comandante da Guarda Costeira da Itália, Filippo Marini, disse que os trabalhos de ontem foram suspensos ao cair da noite e deverão ser retomados hoje. Marini previu que o a recuperação dos corpos deve durar mais dois dias, se não houver contratempos.

Ontem, foi o primeiro dia desde o naufrágio, ocorrido na última quinta-feira, que os mergulhadores conseguiram entrar no que restou do navio afundado. O mau tempo na região vinha atrapalhando os esforços da Guarda Costeira italiana.

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Apenas 155 dos cerca de 500 imigrantes a bordo sobreviveram. Acredita-se que dezenas de corpos ainda estejam presos aos restos da embarcação, que repousam no leito do Mar Mediterrâneo, a 47 metros de profundidade.

Processo

Enquanto o premiê italiano Enrico Letta disse que todos os mortos no naufrágio de Lampedusa iriam receber a cidadania italiana, o Ministério Público de Agrigento, na Sicília, garantiu no domingo que vai acusar os 114 adultos resgatados de imigração ilegal, um crime punido com deportação e multa.

O governo italiano concedeu nacionalidade italiana para os mortos, que não puderam ser identificados. Cada um deles recebeu um caixão, um número e um espaço nos cemitérios da Sicília.