A Itália, um dos países que mais usam sacos plásticos nas compras em toda a Europa, vai proibir o uso das sacolas a partir de 1o de janeiro. Os vendedores advertem que será o caos, mas muitas lojas estão apoiando a mudança.
Os críticos italianos afirmam que as sacolas de polietileno gastam muito petróleo ao serem fabricadas, levam tempo demais para se desintegrarem, entopem canos de esgoto e se espalham facilmente tornando-se perigos ambientais.
Os italianos usam cerca de 20 bilhões de sacos por ano - mais de 330 por pessoa - ou cerca de um quinto do total usado na Europa, de acordo com o grupo ambientalista italiano Legambiente.
A partir de sábado, os vendedores estão proibidos de dar sacolas de polietileno aos compradores. Eles podem usar sacos de outros materiais, como plástico biodegradável, tecido ou papel.
Outros países europeus tentaram esquemas voluntários para cortar o uso de sacolas plásticas, como a promoção de sacos com algodão reutilizável. Em 2002, a Irlanda impôs uma taxa de 15 centavos de euro por sacola, cortando o uso em 90 por cento em uma semana.
"Fala-se de uma revolução que já está acontecendo", disse o chefe científico do Legambiente, Stefano Ciafani, sobre a mudança para sacolas biodegradáveis.
Duas centenas de municípios entre os 8 mil da Itália já introduziram proibições próprias contras os sacos plásticos, incluindo as cidades de Turin e Veneza, afirmou Ciafani.
Muitas cadeias de supermercado começaram a usar sacolas biodegradáveis para os consumidores, mesmo que não em todo o país, diz o Legambiente em seu site.
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