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A Itália decidiu nesta quinta-feira (16) que todos os trabalhadores do país, tanto na administração pública quanto na iniciativa privada, terão que apresentar o chamado passaporte sanitário para seguirem trabalhando. O certificado, válido em papel ou digital, mostra quem recebeu ao menos uma das doses de vacina contra a Covid-19 ou teve resultado negativo em teste contra o novo coronavírus no máximo 48 horas antes da apresentação.
A obrigatoriedade do “certificado verde”, como é chamado pelos italianos, foi aprovada pelo Conselho de Ministros da Itália e entrará em vigor em 15 de outubro. Dessa forma, a Itália será o primeiro país do Ocidente a adotar essa exigência.
“Com essas escolhas, a Itália se coloca na vanguarda do mundo em nível internacional. Somos gratos a (Mario) Draghi (primeiro-ministro italiano), que nunca desistiu e manteve o controle sobre a extensão da obrigação para todos os trabalhadores”, disse o ministro da Administração Pública, Renato Brunetta, em entrevista coletiva. “Estamos com um crescimento de 6% do PIB. Essa operação de capital humano presencial e vacinado só pode fortalecer o crescimento”, acrescentou.
A ministra de Assuntos Regionais, Mariastella Gelmini, anunciou que o governo de Draghi determinou que os testes de Covid-19 serão gratuitos apenas para as pessoas que não puderem ser vacinadas. Os exames custarão 8 euros (R$ 49,40) para os menores de 18 anos e 15 euros (R$ 92,70) para o restante da população. Atualmente, o valor é de aproximadamente 20 euros (R$ 123,70).
As pessoas que não apresentarem o certificado ou utilizarem um falsificado serão multadas e poderão até ser suspensas do trabalho, mas não haverá risco de demissão. A Itália atualmente tem 74,61% da população com mais de 12 anos com esquema completo de vacinação contra a Covid-19.