O jornalista italiano Tommasso Debenedetti assumiu ter enviado a falsa foto do presidente Hugo Chávez entubado para a imprensa.
Segundo a emissora Telesur e outros veículos mexicanos, Debenedetti disse à agência de notícias mexicana Notximex que enviou a imagem -extraída de um vídeo do Youtube- para uma agência de notícias da Costa Rica, para a agência estatal venezuelana e para a Prensa Latina (Cuba).
O jornalista contou que mandou a imagem -se fazendo passar pelo ministro da Cultura venezuelano, Pedro Calzadilla- para verificar o rigor dos veículos quando decidem publicar material fotográfico. Debenedetti disse ainda que a foto foi publicada no jornal espanhol "El País" por "estranhas circunstâncias".
A imagem ficou meia hora no ar no site do "El País" na noite de quarta-feira (23) e foi publicada na primeira edição do jornal impresso desta quinta-feira (24).
Em nota, o "El País" pediu desculpas aos leitores e disse que a foto foi vendida pela agência de notícias Gtres Online como se fosse de Chávez. A agência não comentou sobre a acusação.
O jornal retirou de circulação todas as edições que mostravam a foto de Chávez e declarou que abriu uma investigação para determinar de que forma foi obtida a imagem que culminou com o erro.
De acordo com a imprensa mexicana, Debenedetti foi autor de rumores sobre a morte do ex-líder cubano, Fidel Castro, do escritor colombiano Gabriel García Marquez e também criou perfis falsos, no Facebook e no Twitter, de personalidades como Mario Vargas Llosa, Umberto Eco e do Papa Bento 16.
Segundo o jornalista, sua intenção é denunciar a falta de controles na informação e a facilidade que existe na internet para divulgar informações falsas.