Dezenas de milhares de italianos foram às ruas de Roma neste sábado, em uma manifestação organizada pelo maior sindicato da Itália, contra expectativas desanimadoras de emprego e exigiram mais direitos para os trabalhadores.

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Estudantes que participaram de manifestações em várias cidades italianas contra uma reforma universitária aderiram ao protesto na região central de Roma, paralisando o trânsito.

Acenando com bandeiras vermelhas e cartazes, os manifestantes acusaram o governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi de cortar benefícios e gastos com educação enquanto faz pouco para estimular o crescimento econômico e o mercado de trabalho.

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"Em dois anos, este governo não fez nada para o emprego", disse Susanna Camusso, lider do maior sindicato da Itália, o CGIL, durante o protesto. "Agora eles precisam nos dar respostas e executar políticas para combater as crises."

O corte de gastos e o aperto fiscal ajudaram a Itália a resistir à crise financeira melhor do que muitos de seus vizinhos europeus, e a terceira economia da zona do euro evitou o tumulto de mercado que atingiu países como Grécia e Irlanda.

Neste sábado, no entanto, os protestos surgiram em um momento difícil para Berlusconi, que enfrenta o voto de confiança no Parlamento em 14 de dezembro, o que pode resultar em eleições antecipadas.

O governo de Berlusconi tem sido enfraquecido por uma série de escândalos sexuais e de corrupção, pela rivalidade dentro da coalizão e pela frágil economia, no momento em que a Itália está emergindo lentamente da pior recessão pós-guerra.

A taxa de desemprego permaneceu em 8,3 por cento em setembro, abaixo da média de 10,1 por cento para a zona do euro, mas o Banco da Itália afirmou que a taxa italiana pode ficar acima de 11 por cento se for considerado o número de trabalhadores enviados para casa com redução de salário e candidatos a vagas de emprego que desistiram de procurar trabalho.

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