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Iván Duque

Após ordenar prisão de Putin, Haia deve agir “com a mesma rapidez” contra Maduro, diz ex-presidente colombiano

Iván Duque afirmou que “cada barril de petróleo comprado da Venezuela é um barril contaminado com as maiores violações dos direitos humanos” (Foto: EFE/Lenin Nolly)

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O ex-presidente da Colômbia, Iván Duque, exigiu nesta sexta-feira (24) que o Tribunal Penal Internacional (TPI) aja contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, com a mesma rapidez que teve contra o chefe de Estado russo, Vladimir Putin.

“Todos os que defendem a democracia no mundo” devem exigir que intervenha “com a mesma rapidez” que teve em relação a Putin e que “a Venezuela seja declarada um país patrocinador do terrorismo pela proteção que dá aos membros do ELN [Exército de Libertação Nacional], à dissidência das Farc e ao narcotráfico”, afirmou Duque no Wilson Center, um think tank com sede em Washington, onde começou a trabalhar em 2022, com foco na pesquisa de deslocamento populacional, crise climática e democracia.

Em uma sessão sobre a crise na Venezuela e seu impacto sobre os direitos humanos, democracia e meio ambiente, ele declarou que há provas suficientes para que o TPI emita um mandado de prisão contra Maduro.

Os mandados de prisão expedidos neste mês pelo tribunal internacional contra Putin e contra a comissária presidencial da Rússia para os Direitos da Criança, Maria Lvova-Belova, foram motivados pela deportação para a Rússia de “pelo menos centenas de crianças retiradas de orfanatos e creches” da Ucrânia, de acordo com o procurador do TPI, Karim Khan.

Para Duque, a Venezuela é a maior ameaça à democracia e à segurança da região latino-americana. E a compra de petróleo venezuelano, de acordo com ele, só contribui para reforçar o regime.

“Cada barril de petróleo comprado da Venezuela é um barril contaminado com as maiores violações dos direitos humanos”, alegou.

Duque, que terminou seu mandato presidencial em agosto de 2022 e foi sucedido pelo esquerdista Gustavo Petro, também criticou o fechamento de veículos de imprensa e universidades na Venezuela, ameaças à Igreja e “a qualquer pessoa capaz de dizer qualquer coisa negativa sobre o brutal exercício do autoritarismo”.

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