Miami (Das agências internacionais) – O agora furacão Wilma causou ontem intensas tempestades em Honduras. O Wilma, 12.º furacão da temporada 2005, deve seguir pelo Oceano Atlântico até atingir os Estados Unidos no sábado. Quando ainda era "apenas" um ciclone, temia-se que o fenômeno danificasse instalações de petróleo do Golfo do México, o que alterou o preço internacional do produto. Ontem, com a redução desse risco específico, o preço voltou a baixar.

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O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, com sede em Miami, na Flórida, estimava 15 centímetros de chuva em Honduras, o que deve agravar a situação da América Central, que ainda se recupera dos estragos causados pela passagem do furacão Stan, no início do mês. O Stan deixou um rastro de destruição na Guatemala, em El Salvador e no México.

Diante da aproximação do Wilma, as autoridades planejam a retirada de 10 mil pessoas das áreas mais baixas do litoral de Honduras. A Nicarágua também destacou equipes de emergência. Houve inundações na Jamaica. O chefe das operações de resgate em Honduras, José Ramón Salinas, disse: "É a maior ameaça ao país nesta temporada".

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Todo ano, a temporada de furacões dura cerca de seis meses, de junho a novembro. Segundo o centro de furacões dos EUA, depois de passar por Ilhas Cayman e Honduras, o Wilma deve se intensificar mais na direção da Flórida e de Cuba. A área dos Estados Unidos mais atingida pelo furacão Katrina – compreendida pelos estados de Louisiana e Mississippi – deverá ser poupada.

"Não há nenhum cenário que indique que o fenômeno se dirigirá para lá, mas não é raro que as rotas mudem", disse Max Mayfield, diretor da agência.

Com o Wilma, 2005 iguala recordes climáticos negativos. O ano teve 21 ciclones tropicais no Atlântico, como em 1933, dos quais 12 viraram furacões, como em 1969.

O Wilma, atualmente na categoria 1, a mais fraca para furacões, deve se transformar em um furacão mais intenso dentro dos próximos dois dias, ameaçando a região noroeste do Caribe. Os meteorologistas alertam que as áreas de Yucatán (México), Cuba e Flórida devem acompanhar o progresso da tormenta com atenção. Os EUA, por enquanto, ainda não deram a rotineira ordem de retirada aos cidadãos que estão na área de risco.