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Caminhões de lixo saíram nesta segunda-feira para limpar as ruas de Jacarta em uma grande operação na cidade depois das enchentes devastadoras, enquanto quase 200.000 pessoas estão sofrendo de doenças em consequência das cheias.

A grande maioria dos doentes não está internada, disse à Reuters o chefe do centro de crises do ministério da Saúde.

``A maioria está com diarréia, dengue e problemas respiratórios sérios. O número de pacientes fora dos hospitais é de 190.000, e de internados é 510'', disse Rustam Pakaya.

Há temores de que as doenças disseminem-se, já que muita gente continua em abrigos improvisados, ou está voltando para casas sem condições de saneamento, energia e sem água limpa.

Mas metade dos postos médicos de emergência foi desmontada, porque a maioria dos desabrigados voltou para casa. No momento mais grave das cheias - causadas por mais de uma semana de chuva forte em Jacarta e nos arredores, que parou na sexta-feira - autoridades registraram mais de 400.000 pessoas desalojadas.

O número havia caído para menos de 59.000 em Jacarta nesta segunda-feira, disse a agência nacional de gerenciamento de desastres.

Jacarta tem nove milhões de habitantes, e outros cinco milhões nos arredores.

As inundações mataram 48 pessoas na cidade e 46 nas províncias adjacentes de Java Oeste e Banten.

Em alguns bairros, a lama chega a dois metros de profundidade.

``Jacarta mandou 150 caminhões de lixo para remover destroços, lama e lixo das áreas inundadas. Nove mil pessoas do exército e da polícia foram enviadas para ajudar a limpar as áreas'', disse Suprawoto, porta-voz da agência de desastres.

``Necessitamos de desinfetantes, pás, enxadas, as escolas precisam de uniformes, livros e assim por diante, além de carrinhos de mão porque os caminhões de lixo não conseguem passar por vias estreitas.''

A Cruz Vermelha da Indonésia advertiu para o perigo de disseminação de doenças por corpos de animais mortos.

``O lixo mais perigoso é o orgânico, como carcaças de animais, porque podem se tornar um lugar para moscas e transmissão de doenças'', disse Arifin Muhammad Hadi, chefe do setor de desastres da Cruz Vermelha.

O clima esteve seco nos últimos dias, mas a temporada de chuvas dura ainda muitas semanas e pode trazer mais cheias.

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