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A justiça suspeita que o ex-líder da África do Sul Jacob Zuma cobrou propinas em um contrato de armamento de US$ 2,5 bilhões | STEPHANE DE SAKUTIN/AFP
A justiça suspeita que o ex-líder da África do Sul Jacob Zuma cobrou propinas em um contrato de armamento de US$ 2,5 bilhões| Foto: STEPHANE DE SAKUTIN/AFP

O ex-presidente sul-africano Jacob Zuma será julgado por corrupção em um caso de contrato de armamento com indústrias estrangeiras que remonta aos anos 1990, anunciou nesta sexta-feira (16) a procuradoria.  

"Há motivos razoáveis para pensar que as ações judiciais contra Zuma darão resultados", declarou o procurador-geral Shaun Abrahams em entrevista em Pretória.  

A justiça suspeita que Zuma cobrou propinas em um contrato de armamento de US$ 2,5 bilhões, assinado em 1999 pela África do Sul com várias empresas estrangeiras, entre elas a francesa Thalès. À época, ele era vice-presidente do país.  

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O ex-presidente será julgado por fraude e corrupção —são 16 indiciamentos relacionados a 783 suspeitas, segundo a procuradoria. Zuma nega as acusações.  

Jacob Zuma renunciou em meados de fevereiro depois que seu partido, o CNA (Congresso Nacional Africano), ameaçou destituí-lo com uma moção de censura.  

Enfraquecido por um escândalo de desvio de recursos públicos, ele renunciou em um discurso televisionado à nação. Zuma, de 75 anos, estava no poder desde 2009.  

O ex-líder também está envolvido em um escândalo devido a denúncias de que a família Gupta, bilionários próximos a ele, usaram da influência de Zuma para ganhar contratos públicos. Os Gupta e Zuma negam as acusações.

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