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Acusado de corrupção quando era prefeito de Paris, o ex-presidente francês Jacques Chirac será julgado, afirmou nesta sexta-feira (30) um funcionário judicial. Um magistrado ordenou o julgamento por "desfalque" e "violação de deveres fiduciários", segundo a fonte que pediu anonimato. O escritório de Chirac emitiu a declaração de que o ex-líder se encontra "sereno e decidido a demonstrar na corte" sua inocência. As suspeitas de corrupção e nepotismo, quase todas durante sua passagem pela prefeitura de Paris, entre 1977 e 1995, foram uma sombra durante a presidência dele (1995-2007).

A Justiça francesa já condenou vários políticos ligados a Chirac entre eles seu ex-primeiro-ministro Alain Juppé, por irregularidades no financiamento partidário, em 2004. Chirac, porém, se aproveitou de sua imunidade no posto de presidente para evitar a Justiça.

Ao deixar o cargo e perder a imunidade, um juiz lançou, em 2007, acusações preliminares contra ele. A promotoria afirma que pediu o arquivamento do caso de desfalque, pois os investigadores não teriam obtido provas de conduta imprópria. Além disso, a promotoria lembrou em nota que muitos dos delitos considerados já prescreveram.

O juiz investigador Xaviere Simeoni, porém, não aceitou a recomendação e decidiu pelo julgamento. Nesta sexta, Simeoni indicou que as acusações de violação dos deveres fiduciários remontam a um período anterior a 1994, enquanto os desfalques teriam ocorrido entre março de 1994 e maio de 1995, quando Chirac assumiu a presidência.

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