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A atriz Jane Fonda, que milita em causas abortistas, nos EUA
A atriz Jane Fonda, que milita em causas abortistas, nos EUA| Foto: EFE/Lenin Nolly

A atriz de Hollywood Jane Fonda, que milita em causas abortistas, sugeriu em um programa de TV norte-americano que o "assassinato" de políticos e ativistas pró-vida seria uma alternativa para que as mulheres dos Estados Unidos possam continuar abortando livremente, após a revogação de Roe vs. Wade. A fala, durante uma entrevista ao programa "The View", na sexta-feira (10), provocou críticas de grupos pró-vida.

Questionada pela apresentadora Joy Behar sobre o que pode ser feito "além de marchar e protestar", Fonda respondeu "Bem, pensei em assassinato".  O comentário foi encarado como brincadeira pelas outras mulheres presentes no programa, mas a atriz de 85 anos não deixou claro se estava falando sério.

“Estamos no controle dos nossos corpos há várias décadas e somos capazes de decidir quantos filhos queremos ter e quando. Agora que sabemos como é, não vamos voltar atrás, não me importo com as leis. Não vamos voltar atrás”, defendeu.

Reação

A deputada Anna Paulina Luna, do Partido Republicano da Flórida, disse no Twitter que notificou a Polícia do Capitólio pelas declarações sobre o “assassinato de políticos pró-vida”. “Como membro pró-vida do Congresso e perante a falta de reação [de Fonda] para esclarecer que a sua declaração era uma piada, levamos esta ameaça a sério”, afirmou a congressista.

Fundadora da organização antiaborto Live Action, Lila Rose lamentou a ideia de sugerir "assassinato para proteger o assassinato de crianças". Ex-diretora da clínica Planned Parenthood, Abby Johnson, que agora é uma ativista antiaborto, declarou à Fox News que Fonda não parecia estar brincando sobre sua declaração. "Irônico que uma mulher que defende o assassinato de nascituros peça o assassinato daqueles que defendem os nascituros. Isso é exatamente o que podemos e devemos esperar da esquerda. Eles não têm dignidade para nenhuma vida humana", lamentou.

A presidente da Students for Life of America, Kristan Hawkins, acusou Fonda de defender a morte de "pessoas inconvenientes". "Esqueça 'seguro, legal e raro', a mentalidade do aborto deseja a morte de qualquer um indesejado, mesmo que esteja no cargo", disse à Fox News. "Livrar-se de pessoas pela única e superficial razão de que você não as quer por perto levou a milhões de mortes, e Jane Fonda mais uma vez mostra que seu suposto interesse pelos direitos humanos é apenas para pessoas que pensam como ela", criticou.

"Pedir que sejamos assassinados torna o The View, os apresentadores, os produtores, a rede, os anunciantes e todos os envolvidos responsáveis ​​por ameaças de morte, ataques e possíveis assassinatos de políticos e ativistas pró-vida", alertou a deputada Marjorie Taylor Greene, republicana da Geórgia.

Procurada pela Fox News após a repercussão, Jane Fonda disse que seus comentários foram "obviamente" em tom de brincadeira.

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