Por Elaine Lies
TÓQUIO (Reuters) - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciou nesta sexta-feira que o governo abandonou os planos de construção de um controverso estádio que seria a peça central dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020, depois que o rápido aumento dos custos provocou indignação pública.
A reação contra o estádio, cujo custo estimado subiu para 2,1 bilhões de dólares, quase duas vezes o valor previsto quando Tóquio venceu em 2013 a disputa para sediar a Olimpíada, tornou-se um problema para Abe num momento em que procura aprovar no Parlamento uma impopular legislação no campo da defesa.
O novo Estádio Nacional também seria a instalação principal da Copa do Mundo de Rúgbi de 2019.
O apoio a Abe, que voltou ao poder em 2012 com a promessa de reforçar a defesa do Japão e recuperar a economia do país, caiu para cerca de 40 por cento por causa das dúvidas dos eleitores sobre a legislação de defesa. Notícias sobre os custos do estádio têm alimentado o descontentamento.
“Estamos abandonando nossos planos para o estádio, e começando do zero”, disse Abe a jornalistas, após reunião com o ministro da Olimpíada, Toshiaki Endo, e o ministro da Educação, Hakubun Shimomura.
Tóquio ganhou a disputa pelos Jogos Olímpicos por sua reputação de cidade que cumpre as metas, mas logo passou a ter problemas com custos e voltou atrás em algumas promessas, como a de manter a maioria das instalações esportivas dentro de um limite de 8 quilômetros da Vila Olímpica.
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