O governo japonês irá permitir que inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) avaliem vazamentos na maior usina nuclear do mundo, causados pelo terremoto esta semana, informou neste domingo a agência de notícias Kyodo, citando fontes do governo.
"A Agência para a Segurança Industrial e Nuclear, do Ministério da Economia, Comércio e Indústria, informou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que irá aceitar a inspenção na usina nucelar Kashiwazaki-Kariwa, da companhia Tokyo Electric Power Co.", informou reportagem da Kyodo.
A mudança aconteceu depois que autoridades locais de Niigata, local onde a usina está instalada, enviaram uma petição ao primeiro-ministro, Shinzo Abe, e à outros ministros no início do dia pedindo por inspetores da ONU após o Japão ter rejeitado ofertas de ajuda.
A usina Kashiwazaki-Kariwa, operada pela Tokyo Electric Power Co. (TEPCO), no Noroeste do Japão, foi fechada por tempo indeterminado após um terremoto magnitude 6,8 da segunda-feira, que causou vazamento de radiação.
O governo japonês disse à AIEA que, no momento, o país não precisava de ajuda, mas que considerava a visita de inspetores o futuro.
O chefe da AIEA, Mohamed Elbaradei, propôs mandar inspetores, insistindo para dividir com o Japão as lições provenientes do incidente.
O vazamento renovou preocupações em relação à segurança da indústria nuclear, que fornece cerca de um terço a energia do Japão. A Tepco afirmou que o tremor foi mais forte do que a usina foi projetada para suportar.
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