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Ami Matsuya, de cinco anos de idade, passa por exame de radiação em um centro de desabrigados na província de Fukushima, onde fica a usina nuclear danificada por terremoto e tsunami | Kim Kyung-Hoon/Reuters
Ami Matsuya, de cinco anos de idade, passa por exame de radiação em um centro de desabrigados na província de Fukushima, onde fica a usina nuclear danificada por terremoto e tsunami| Foto: Kim Kyung-Hoon/Reuters

Governo avalia estatizar Tepco

Osaka - O governo do Japão afirmou que a nacionalização da Tokyo Electric Power Co. (Tepco), a concessionária que opera a usina nuclear Daiichi, em Fukushima, é uma opção, mas negou que existam planos imediatos para isso.

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Empresas retomam operações

Tóquio - A fabricante de eletrônicos Hitachi e a empresa de máquinas pesadas IHI Corp. retomaram as operações de suas fábricas na região leste do Japão, segundo a agência de notícias Kyodo News, citando funcionários de ambas as companhias.

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Tóquio - Um dia após detectar a presença de plutônio no solo da usina nuclear de Fukushima, mais uma vez o governo japonês admitiu que a situação é "muito grave" e "imprevisível". No Parlamento, o premier Naoto Kan recebeu duras críticas pelo que a oposição vê como uma gestão "irresponsável" da crise. Horas depois, EUA e a França anunciaram envio de ajuda ao país.

Desde sábado a situação na usina de Fukushima se agravou e os trabalhadores da empresa operadora, Tokyo Electric Power Company (Tepco), continuam as tentativas de refrigerar seus seis reatores, sem sucesso.

Ontem foram feitas tentativas de drenar a água radioativa que inunda a zona de turbinas perto dos reatores 1, 2 e 3. Este último é o que mais preocupa por conter um combustível que mistura urânio e plutônio, altamente tóxico.

No Parlamento, o premier japonês foi duramente criticado por não ter aumentado a zona de exclusão, que determina um raio de apenas 20 km em torno da usina em que as pessoas deveriam ser retiradas. O governo também nunca determinou a saída dos habitantes, apenas pediu que deixassem a área de forma voluntária.

"Há algo mais irresponsável do que isso?", disse o opositor Yosuke Isozaki. Em resposta, Kan disse que estava considerando a medida, que exigiria a saída de 130 mil pessoas, além das 70 mil já deslocadas.

França e EUA

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, será o primeiro líder mundial a visitar o Japão após o desastre nuclear, amanhã.

Paris decidiu enviar dois especialistas da fabricante estatal de reatores nucleares Areva e um pesquisador da área para prestar assistência à operadora da usina de Fukushima, a Tepco.

Líder global no setor, a França produz 75% de sua energia em usinas nucleares e tem um grande interesse em ajudar o Japão a resolver a crise.

Nos primeiros dias após a crise no Japão, a França qualificou a situação na usina de Fukushima como uma "catástrofe nuclear".

Os EUA anunciaram que devem enviar robôs para ajudar a analisar o núcleo dos seis reatores de Fukushima.

Vigilância

O porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, pediu ontem que se vigie a saída de plutônio ao exterior da usina e disse que é provável que o material detectado provenha de barras de combustível fusionadas parcialmente.

O porta-voz ressaltou, no entanto, que as quantidades de plutônio detectadas são as mesmas que podem ser encontradas no meio ambiente enquanto, em Viena, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) assinalou que a composição de isótopo sugere que procede de um reator, embora tenha destacado que se trate de pequenas quantidades.

Na segunda-feira, os operários da Tepco, além de detectar plutônio, confirmaram o risco de que água radioativa chegue ao exterior por um conduto que rodeia o reator 2.

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