O Japão deu início ontem à primeira retirada de moradores fora de uma zona de exclusão do governo depois que o terremoto e o tsunami de 11 de março afetaram o funcionamento de uma das usinas de energia nuclear do país.
Cerca de 4 mil moradores da vila de Iidate-mura e outras 1.100 pessoas na cidade de Kawamata-cho passaram a enfrentar realocações graduais para casas públicas, hotéis e outras instalações em cidades próximas.
Essas comunidades ficam fora do raio de 20 quilômetros a partir da usina de Fukushima Daiichi, região oficialmente designada como área de retirada forçada de pessoas devido aos riscos à saúde pelo vazamento de radiação da usina.
O governo disse às pessoas em comunidades como Iidate-mura que elas tinham que sair, mas as autoridades não devem punir aquelas que optarem por ficar. A região recebeu altos volumes de materiais radioativos devido aos ventos.
A usina, operada pela Tokyo Electric Power Co. (Tepco) foi devastada pelo terremoto de magnitude 9 e pelo tsunami que se seguiu, o que provocou a pior crise atômica mundial em 25 anos.
Equipes de emergência também deram início a uma reavaliação da situação do reator 1 na usina depois de descobrir que o combustível dentro da instalação aparentemente tinha derretido, disse a Tepco.
Cerca de 3 mil toneladas de água altamente radioativa foram descobertas embaixo do reator número 1, o que forçou autoridades a pensar em maneiras de bombear essa água para fora e processá-la, disse a empresa.
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