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Tóquio - O Japão está recorrendo cada vez mais à ajuda de outros países em um momento no qual ainda encontra dificuldade para estabilizar a situação no complexo nuclear de Fukushima, duramente atingido pelo terremoto seguido de tsunami de 11 de março no nordeste japonês. Os vazamentos de radiação na região estão dificultando a recuperação dos corpos de milhares de pessoas.
Especialistas da França, dos Estados Unidos e de outros países até mesmo um robô já estão no Japão ou a caminho do país asiático para ajudar nos esforços para evitar um desastre ainda maior.
O governo japonês admitiu que estuda a ampliação da área de isolamento no entorno da usina. Isso pode ocorrer se os níveis de radiação detectados em outras áreas puderem representar um risco para a população.
A Tokyo Electric Power (Tepco), operadora do complexo de Fukushima, informou que a água subterrânea próxima do reator número 1 está cerca de 10 mil vezes acima do limite permitido.
"Se houver efeitos potenciais para a saúde a longo prazo, nós teremos de considerar a expansão da área de isolamento", afirmou o secretário de gabinete do governo, Yukio Edano.
Reconstrução
O governo estuda o lançamento de um fundo para ajudar a garantir recursos aos trabalhos de reconstrução no norte do país. O vice-ministro das Finanças, Mitsuru Sakurai, disse ontem que os recursos podem ser levantados por meio de aumento de impostos.
Paralelamente, o governo considera a adoção de uma legislação especial para ajudar as pessoas que perderam suas residências ou entraram em falência em consequência do incidente. De acordo com a agência de notícias Nikkei, o governo e o Partido Democrático, governista, discutem 16 leis para ajudar as pessoas atingidas pelo terremoto e tsunami.
Os comentários do ministro ocorrem no momento em que o primeiro-ministro, Naoto Kan, prepara um orçamento suplementar de mais de 2 trilhões de ienes (US$ 24,14 bilhões) para o ano fiscal que começa hoje. Alguns legisladores disseram que o total de recursos suplementares chegará a 10 trilhões de ienes.