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O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, cobrou nesta quinta-feira (19) explicações do governo da China, após o segundo caso de violência contra estudantes japoneses no país vizinho em três meses.
Um aluno japonês de dez anos que estava indo para a escola foi esfaqueado por um homem na quarta-feira (18) na cidade de Shenzhen, no sul da China. A criança chegou a ser hospitalizada, mas morreu. Um suspeito de 44 anos foi preso.
“Exigimos veementemente que o lado chinês explique os fatos do caso. Como já se passou mais de um dia desde o crime, nós reivindicamos que forneçam uma explicação o mais rápido possível”, disse Kishida nesta quinta-feira, segundo informações da CNN.
O premiê japonês classificou o episódio como “um crime desprezível e um assunto sério e grave”.
O Ministério das Relações Exteriores da China lamentou o ataque, mas alegou que foi um caso “isolado” e que oferece segurança a cidadãos estrangeiros que moram no país.
Há uma suspeita de que se tratou de um caso de xenofobia, pois o ataque ocorreu na data de aniversário do chamado Incidente de Mukden.
Em 18 de setembro de 1931, militares japoneses explodiram parte de uma ferrovia na Manchúria. Dissidentes chineses foram acusados de sabotagem, o que serviu de pretexto para a invasão japonesa da região e sua anexação. A data é sempre lembrada pela mídia estatal chinesa, em tom emocional.
Em junho, um homem havia atacado um ônibus usado por uma escola japonesa em outra cidade chinesa, Suzhou, ferindo gravemente uma mulher chinesa, uma mulher japonesa e seu filho. A chinesa morreu mais tarde devido aos ferimentos.