A ameaça chinesa levou o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o presidente sul-coreano, Yoon Seok-youl, a Madri, para a Cúpula da OTAN. Os dois países foram convidados como "parceiros asiáticos".
O Japão faz parte do grupo Quad, de cooperação pela região indo-pacífica, em oposição à China, junto com os Estados Unidos, a Índia e a Austrália. Presente nas discussões que acontecem nesta semana na Espanha, o país asiático pretende "promover a ideia de que a segurança da Europa e do Indo-Pacífico são indissociáveis", descreveu Kishida.
Desde que assinou um acordo em 2010, o Japão colabora com a aliança através do compartilhamento de informações e com o apoio na segurança marítima. Hoje, a grande preocupação do país é a ofensiva dos vizinhos Rússia e China, além de um possível conflito em Taiwan, semelhante à guerra na Ucrânia.
Igualmente, a Coreia do Sul quer fazer frente à ameaça dos regimes autoritários na região, "enquanto a situação internacional se torna imprevisível", ressaltou o diretor de segurança nacional do país, Kim Sung-han. Além de se proteger contra a Coreia do Norte, a diplomacia sul-coreana busca uma aproximação com o Japão.
Na semana passada, a China se posicionou contra essa movimentação geopolítica em torno do Atlântico Norte. "A região da Ásia-Pacífico se encontra além do escopo geográfico da OTAN. Os países e as populações da região se opõem absolutamente a tudo o que se diga ou faça para estender o bloco militar ou agitar a divisão e o confronto", declarou o porta-voz do Ministério das relações internacionais da China, Wang Wenbin.
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