Patrulhas
A China enviou jatos de combate e uma aeronave de alerta prévio para sua recém declarada zona de defesa aérea, informou a agência estatal de notícias Xinhua. Os aviões da China realizaram patrulhas aéreas normais como "uma medida de defesa, de acordo com as práticas comuns internacionais", declarou Shen Jinke, porta-voz da Força Aérea do Exército de Libertação do Povo. Shen declarou que a força aérea vai permanecer em alerta máximo.
Críticas
O anúncio do governo chinês gerou reclamações da Austrália, que não tem territórios disputados incluídos nessa zona, e das Filipinas, que teme a proclamação de outra área de defesa pelo país.
As Forças Armadas do Japão e da Coreia do Sul enviaram ontem aviões militares para passar pela área disputada da zona de defesa aérea criada pela China. A medida de Pequim, anunciada sábado, inclui territórios disputados com Seul e Tóquio, provocando a irritação dos dois países.
Os sobrevoos acontecem dois dias após os Estados Unidos enviarem um bombardeiro à região, em uma ação que o Pentágono diz ter sido planejada. No entanto, foi encarada como uma forma de dar apoio a seus dois aliados no Extremo Oriente contra a declaração dos chineses.
O Japão enviou dois aviões da Guarda Costeira para sobrevoar a região do arquipélago no mar do Leste da China que os dois países disputam, chamado de Senkaku por Tóquio e Diaoyu por Pequim. De acordo com o porta-voz do órgão, Yasutaka Nonaka, não houve oposição das autoridades chinesas.
"Nós não alteramos nossas operações normais de patrulha na região e não informamos [à China] sobre nossos planos de voo. Nós não encontramos nenhum caça chinês", afirmou Nonaka. Pouco antes, o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Yun Byung-se, afirmou que um dos aviões militares do país passou pela zona na última terça-feira, também sem ser importunado.
Cronologia
Disputa por território intensificou nos últimos dias a tensão histórica entre japoneses e chineses.
Sábado, dia 23
Pequim anuncia a criação de uma zona de defesa aérea no mar do Leste da China, o que inclui conjunto de ilhas controladas pelo Japão.
Segunda, dia 25
Em protesto, o Japão convoca o embaixador chinês em Tóquio. Chineses também chamam o representante japonês em Pequim.
Terça, dia 26
Os Estados Unidos anunciam que sobrevoaram, sem aviso prévio, o novo espaço de defesa aérea chinês, com dois bombardeiros B-52.
Quarta, dia 27
China afirma ter monitorado o voo dos dois aviões americanos sobre a região que Pequim declarou sua zona de defesa aérea.
Quinta, dia 28
Japão e Coreia do Sul enviam aviões à zona de defesa declarada pela China. Chineses dizem também ter realizado patrulhas na região.
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