A torre Tokyo Sky Tree, um gigantesco edifício erguido na zona norte de Tóquio, deve ser concluída nesta quarta-feira (29), com um pouco de atraso em relação ao calendário inicial, devido às consequências do terremoto de 11 de março no Japão, no qual a construção simboliza a resistência do país aos desastres da natureza.
Esta nova "grande dama", que domina a capital com seu 634 metros, abrirá as portas ao grande público no dia 22 de maio, assim como um amplo espaço de lazer e comércio nas proximidades.
Trata-se da mais alta torre de difusão de TV no mundo, seguida, apenas pela de Cantão na China (600 metros).
A Tokyo Sky Tree, apresentada como um novo símbolo da reconstrução do Japão, deveria ter sido concluída em dezembro passado, mas as restrições ao consumo de energia elétrica, após o acidente da central de Fukushima consecutivo ao desastre de 11 de março, frearam o ritmo das obras.
A própria torre, um desafio à natureza, resistiu perfeitamente ao terremoto que sacudiu Tóquio e o nordeste do Japão há um ano.
Sua edificação, iniciada em julho de 2008 e que mobilizou sucessivamente 580 mil operários, lembra a da "Tokyo Tower", um arranha-céu de 333 metros construído em 1958, emblemático da reconstrução do país no pós-guerra.
A Tokyo Sky Tree abriga emissoras de canais de televisão em ondas hertzianas digitais, retomando também o circuito transmitido pela Tokyo Tower, inspirada na Torre Eiffel de Paris.
Batizada "árvore dos céus de Tóquio", a nova torre, de base triangular, é considerada a quinta-essência da cultura e da tecnologia japonesas, com um perfil que faz lembrar a longa lâmina dos sabres dos samurais e cuja altura em números, pronunciada em japonês, evoca o nome de um grande guerreiro.
Sua iluminação terá, também, valor simbólico (cultural, histórico e geográfico).
A "Tokyo Sky Tree" é concebida para atrair visitantes do mundo inteiro, além de ilustrar uma nova cultura e mostrar uma cidade de Tóquio que respeita o meio ambiente, segundo sua concepção.
A torre, que já atrai numerosos curiosos, não possui nem escritórios nem apartamentos, mas foi dotada com duas plataformas de observação, de 350 m e 450 m de altura.
Os arredores também começaram a ser readaptados para transformar o local em novo centro turístico, de eventos e comercial, num bairro da zona norte de Tóquio onde ainda falta dinamismo, mas também onde os preços dos apartamentos vêm aumentando de forma exagerada nos últimos anos.
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