O novo Conselho de Segurança Nacional (CSN) do Japão, órgão que reforça o papel do primeiro-ministro em matéria de defesa e diplomacia, começou a funcionar nesta quarta-feira (4) com foco na crise gerada pela nova zona de defesa aérea da China.

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O órgão, similar ao CSN americano e que substitui o atual Conselho de Segurança do governo, busca, além disso, que os Ministérios de Defesa e Relações Exteriores compartilhem informações e coordenem ações de maneira regular através de um único órgão.

O primeiro-ministro, o ministro porta-voz e os titulares de Defesa e Relações Exteriores se reunirão periodicamente na sede do CSN, que será dirigido por Shotaro Yachi, um conselheiro do atual gabinete do primeiro-ministro conservador Shinzo Abe.

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A criação do CSN foi um dos grandes propósitos de Abe desde a sua chegada ao poder em dezembro de 2012. Sua inauguração coincide com o momento de tensão vivido no nordeste da Ásia devido à zona de defesa de identificação aérea (ADIZ, sigla em inglês) estabelecida unilateralmente pela China.

A ADIZ, um perímetro que determina a abordagem de aviões da Força Aérea quando aeronaves estrangeiras entram nela sem notificação prévia, inclui às disputadas ilhas Senkaku (Diaoyu em chinês), que são administradas por Tóquio, mas reivindicadas por Pequim e Taiwan (que chama o arquipélago de Tiaoyutai).

O próprio Abe pediu que seus ministros se esforçassem para coordenar uma estratégia comum para enfrentar os desafios em matéria de segurança, enquanto o titular da Defesa, Itsunori Onodera, afirmou que o novo órgão analisará em suas primeiras reuniões os movimentos de Pequim.

Segundo o jornal "Nikkei", o CSN terá linhas diretas com Washington e Londres, e o governo japonês solicitou o estabelecimento de mais canais de comunicação similares com pelo menos meia dúzia de países aliados.

Está previsto que o CSN seja o fórum para debater dois temas cruciais na agenda de Abe, o estabelecimento de novas diretrizes na defesa e segurança nacional e para redefinir um papel mais ativo para as Forças de Autodefesa, o que provavelmente levará a uma emenda na Constituição estabelecida no país após a Segunda Guerra Mundial.

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