Pedestres caminham por rua de Tóquio, 30 de novembro. O Japão incluiu miocardite e pericardite na lista de possíveis efeitos colaterais das vacinas de mRNA contra Covid-19| Foto: EFE/EPA/FRANCK ROBICHON
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O Ministério da Saúde do Japão listou, no último final de semana, a miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e a pericardite (inflamação do tecido externo do coração) em jovens do sexo masculino como possíveis efeitos colaterais das vacinas contra a Covid-19 da Pfizer e da Moderna. As informações são da emissora pública japonesa NHK.

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Segundo o ministério, até o dia 14 de novembro, para cada 1 milhão de pessoas do sexo masculino que receberam a vacina da Moderna, foram relatados esses efeitos colaterais em cerca de 81 jovens de 10 a 19 anos, e em cerca de 48 pessoas na faixa dos 20 anos.

Entre os que receberam a vacina da Pfizer, os efeitos colaterais foram relatados em 15 e 13 para cada 1 milhão de meninos e homens jovens vacinados nos grupos de 10 a 19 anos e de 20 a 29 anos, respectivamente.

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Um painel de especialistas do ministério da Saúde japonês propôs no sábado incluir um alerta de "efeitos colaterais sérios" nos documentos relacionados às vacinas.

O Japão tem hoje uma das mais altas taxas no mundo de vacinação contra o coronavírus, com mais de 78% da sua população totalmente vacinada. Mais de 100 milhões de japoneses já receberam ao menos uma dose de imunizante contra a Covid-19. Os casos da doença estão em queda no Japão, que tem registrado média de menos de um caso diário por milhão de habitantes e média em torno de 1 morte por dia. Esses são os menores números de Covid-19 atualmente entre as grandes economias da Ásia, com exceção da China.

Estados Unidos e Canadá

Em julho, o comitê de imunizações do Centro para Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos EUA relatou a possível associação entre vacinas de mRNA contra coronavírus e casos raros de miocardite, especialmente entre homens jovens. O CDC concluiu que os benefícios das vacinas contra a Covid-19 "claramente superam" os riscos de miocardite após a vacinação.

Um estudo recente do periódico Circulation, da Associação Americana do Coração (AHA), publicado na terça-feira, analisou casos suspeitos de miocardite em até 30 dias após a vacinação, a maioria entre adolescentes e jovens do sexo masculino, de 26 centros de saúde dos Estados Unidos e Canadá.

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Na maioria dos 139 casos suspeitos ou confirmados analisados pelo estudo, os pacientes tiveram sintomas leves. Cerca de um terço desses casos suspeitos de miocardite foram confirmados por exames de laboratórios e de imagens. Os outros dois terços foram classificados como "prováveis". Não houve mortes.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]