A família imperial japonesa participou nesta quarta-feira (7) de uma sóbria cerimônia que marca o 20º. aniversário da morte do imperador Hirohito, visto no Ocidente como um símbolo das agressões do país durante a Segunda Guerra Mundial.O imperador Akihito - filho de Hirohito - e sua esposa, a imperatriz Michiko, curvaram-se diante da tumba, num bosque no extremo oeste de Tóquio. O primeiro-ministro japonês, Taro Aso, e outros políticos e nobres também participaram dessa cerimônia xintoísta.
Hirohito, que no passado era tratado pelos japoneses como um deus vivo, foi mantido no trono pelas forças norte-americanas de ocupação depois da derrota militar de 1945, como forma de manter a estabilidade do país. Outros dirigentes da época da guerra foram julgados e executados.
Acadêmicos debatem até que ponto Hirohito foi responsável pela ocupação japonesa - muitas vezes brutal - no leste da Ásia, na primeira metade do século passado.
Depois da guerra, tentando reposicionar a casa imperial japonesa como uma monarquia constitucional, ao estilo britânico, Hirohito rejeitou o status divino.
A ascensão de Akihito ao trono, em 1989, ajudou o Japão a virar a página nas relações com suas ex-colônias da Ásia e a forjar uma nova identidade, como uma nação pacífica.
Em 1992, ele se tornou o primeiro imperador japonês a visitar a China, onde declarou lamentar a guerra. Em 2001, expressou afinidade com o povo da Coréia, origem de um dos seus antepassados.
Akihito também faz um esforço para se aproximar de seus compatriotas comuns, embora a monarquia continue sendo menos acessível que a "realeza ciclista" do norte da Europa.
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