O Japão marca neste domingo (9) a data de 70 anos do ataque com uma bomba atômica contra a cidade de Nagasaki, em uma cerimônia com a presença do primeiro-ministro Shinzo Abe e de autoridades de dezenas de países. Os sinos soaram às 11h02 (hora local), o momento da explosão da bomba na cidade do sul japonês em 9 de agosto de 1945. Cerca de 70 mil pessoas morreram.
Primeiro-ministro renova promessa de um Japão sem armas nucleares
Shinzo Abe fez a promessa após críticas por não ter feito o mesmo discurso no aniversário do bombardeio de Hiroshima, na semana passada
Leia a matéria completa10 fatos assustadores sobre as bombas atômicas
Leia a matéria completaA delegação dos EUA incluía Rose Gottemoeller, subsecretária de Estado para o controle de armas. Ela também participou de uma cerimônia em Hiroshima três dias antes, para marcar os 70 anos do ataque nuclear contra essa cidade.
Abe disse neste domingo que o Japão continuará a pressionar por um mundo sem armas nucleares e reafirmou que o país não possuirá armas nucleares nem permitirá que elas sejam introduzidas em seu território. O premiê havia sido criticado por alguns por não lembrar esses princípios em seu discurso em Hiroshima.
O prefeito de Nagasaki, Tomihisa Taue, foi aplaudido por criticar veladamente o fato de que Abe está trabalhando para expandir a presença militar japonesa no exterior. O prefeito disse que os japoneses se sentem “desconfortáveis” com o fato de que o compromisso do país com o pacifismo pode estar perdendo vigor.
Abe não falou sobre esse tema em seu discurso. Segundo ele, é necessário que o Japão trabalhe de maneira mais próxima dos EUA, para responder às crescentes ameaças de segurança no leste asiático.
Na sexta-feira, Abe deve divulgar um comunicado marcando os 70 anos do fim da Segunda Guerra no Japão, em 15 de agosto de 1945. Auxiliares disseram que ele enfatizará o compromisso japonês com uma democracia próspera e pacífica nos anos depois do conflito. No comunicado da sexta-feira, o premiê deve seguir o exemplo de sua fala no Congresso dos EUA em abril, quando ele lamentou ações japonesas no contexto da guerra, mas evitou a palavra “desculpa”. Fonte: Dow Jones Newswires.
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