O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, rechaçou neste domingo a pressão da China por um pedido de desculpas e o pagamento de uma indenização pela prisão de um capitão de um barco pesqueiro chinês, cuja detenção provocou as mais graves tensões entre Pequim e Tóquio em anos.
A declaração demonstra que os sentimentos nacionalistas exaltados pelo incidente - no qual um barco pesqueiro chinês e duas embarcações da Guarda Costeira do Japão colidiram perto de uma cadeia de ilhas disputada pelos dois países - estão longe de dissipar-se. A tensão afetou inclusive as relações comerciais entre as segunda e terceira maiores economias do mundo.
"Não tenho nenhuma intenção de aceitar" a exigência chinesa, disse Kan. "É importante que ambas as partes atuem com uma perspectiva mais ampla", concluiu o chefe de governo, sem entrar em detalhes.
Na noite de ontem, a China reiterou sua exigência de um pedido de desculpas por parte do Japão. Horas antes, o Japão havia libertado o capitão do barco pesqueiro, detido depois da colisão ocorrida no dia 8.
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