O Japão poderá anunciar em 16 de dezembro que os reatores nucleares destruídos pelo tsunami em Fukushima atingiram o estado de desligamento frio, disse o diário Yomiuri nesta sexta-feira, o que seria um marco importante no plano do país para controlar a pior acidente nuclear em 25 anos.
A usina de Fukushima Daiichi, localizada 240 quilômetros a nordeste de Tóquio, foi gravemente danificada pelo terremoto e tsunami de 11 de março, em que foram desativados os sistemas de resfriamento dos reatores, provocando o derretimento das barras de combustível nuclear.
Um desligamento frio ocorre quando a água usada para resfriar as barras de combustível nuclear permanece abaixo do ponto de ebulição, impedindo o reaquecimento do combustível.
O primeiro-ministro Yoshihiko Noda poderá declarar que os reatores estão em estado de desligamento frio porque, segundo uma análise realizada em 30 de novembro pela operadora da usina, a Tokyo Electric Power Co. (Tepco), as temperaturas do combustível nuclear no fundo da câmara de contenção já foram estabilizadas, segundo o jornal.
Os índices de radiação nos reatores também caíram de forma significativa, afirmou.
Uma declaração sobre o estado de desligamento frio terá repercussões muito além da usina, pois o governo disse ser um dos critérios necessários a serem cumpridos antes de permitir que 80 mil moradores que foram retirados de um raio de 20 quilômetros ao redor da usina comecem a retornar para casa.
Mas mesmo se a declaração for feita, a Tepco já admitiu anteriormente que talvez a empresa não consiga remover o combustível dos reatores em menos de dez anos, e especialistas dizem que a limpeza da usina poderá demorar algumas décadas.
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