O governo do Japão apresentou nesta quarta-feira um protesto oficial à embaixada da Coreia do Norte em Pequim, a capital da China, pelo lançamento de dois mísseis de curto alcance no Mar do Japão, informou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores japonês para a agência Kyodo.
O regime norte-coreano lançou nesta quarta-feira (9) dois mísseis balísticos de curto alcance no Mar do Leste (Mar do Japão), que voaram por cerca de 500 quilômetros antes de cair em águas internacionais e que se somam aos outros lançamentos da última semana.
A Coreia do Norte disparou os projéteis por volta das 4h e 4h20 locais (16h e 16h20 de Brasília da terça-feira), mas não alertou as autoridades internacionais de aviação civil, nem os navios que trabalhavam nessas águas, antes do teste.
A Kyodo informou também que o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, que está em uma viagem internacional por Nova Zelândia, Austrália e Papua Nova Guiné, pediu que o seu Gabinete coordene trabalhos de inteligência com os Estados Unidos e a Coreia do Sul para analisar de perto as intenções do regime de Kim Jong-un.
Por sua vez, o ministro da Defesa do Japão, Itsunori Onodera, que está nos Estados Unidos, criticou o lançamento de mísseis e considerou que o mesmo "não traz benefícios para os interesses da Coreia do Norte".
Os lançamentos aconteceram horas antes de o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, se reunir em Pequim com autoridades chinesas em um encontro que deve tratar sobre o programa nuclear e de mísseis do regime norte-coreano.
Após meses de relativa calma na península coreana, Pyongyang disparou vários projéteis de curto alcance no Mar do Japão desde o último dia 26.
Alguns lançamentos de mísseis coincidiram na semana passada com a visita do presidente da China, Xi Jinping, à Coreia do Sul, um gesto que provavelmente causou mal-estar em Pyongyang, já que foi a primeira vez que um líder de Pequim, um tradicional aliado dos norte-coreanos, visitou o Sul antes do Norte durante seu mandato.
Além disso, Coreia do Sul e EUA rejeitaram uma proposta de distensão formulada pela Coreia do Norte que pedia o cancelamento de suas próximas manobras militares conjuntas anuais previstas para agosto e setembro.
O lançamento de hoje é o 13º em 2014 e o quinto com mísseis de curto alcance (o segundo deste tipo em apenas uma semana).
Várias sanções da ONU contra o regime de Pyongyang, impostas pelos lançamentos de mísseis intercontinentais na última década, proíbem a Coreia do Norte de utilizar a tecnologia de mísseis balísticos.
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