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Ministro encarregado de assuntos nucleares, Goshi Hosono, e ministro da Economia, Yukio Edano, durante conferência em Tóquio | AFP
Ministro encarregado de assuntos nucleares, Goshi Hosono, e ministro da Economia, Yukio Edano, durante conferência em Tóquio| Foto: AFP

O Governo japonês e a operadora da usina de Fukushima, a Tepco, revelaram nesta quarta-feira (21) o plano para desativar a central em um prazo entre 30 e 40 anos, após decretar há cinco dias a "parada fria" de seus reatores.

Segundo a agenda, o primeiro passo será eliminar o combustível nuclear usado das piscinas dos reatores de 1 a 4 nos dois próximos anos, e retirar o combustível fundido no interior das unidades 1, 2 e 3 na próxima década, informou a agência "Kyodo".

De acordo com o relatório, as piscinas de combustível usado dos reatores de 1 a 4 contêm 3.108 "elementos combustíveis", como são conhecidas as estruturas que contêm as barras de combustível atômico. Já as unidades 1, 2 e 3 contam com 1.496 "elementos combustíveis" em seu interior, muitos dos quais podem estar fundidos ou danificados.

Em reunião realizada hoje entre o Governo e a Tepco, o ministro da Indústria japonês, Yukio Edano, pediu que a operadora "aumente" o nível trabalho para reduzir a preocupação dos cerca de 80 mil evacuados na zona devido à crise nuclear.

Além disso, segundo o diário econômico "Nikkei", o Governo estuda repassar cerca de 1 trilhão de ienes (US$ 12,7 bilhões) dos cofres públicos para ajudar a companhia a pagar as compensações para os afetados pela tragédia.

Desde o início da crise na central de Fukushima, em 11 de março, a companhia elétrica reportou perdas de mais de US$ 7,5 bilhões entre abril e setembro.

Durante este ano fiscal, que se encerrará em março de 2012, a Tepco terá de desembolsar cerca de 1 trilhão de ienes (US$ 12,7 bilhões) em indenizações, e a quantia pode aumentar a 4,5 trilhões de ienes (US$ 57 bilhões) nos próximos dois anos.

Em 16 de dezembro, o Governo do Japão confirmou que os três reatores nucleares da central de Fukushima danificados pelo tsunami de março tinham alcançado a "parada fria", o que significa que são mantidos de forma estável abaixo de 100 graus centígrados.

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