A região em torno da usina nuclear central de Daiichi, em Fukushima, no nordeste do Japão, corre o risco de ser contaminada por radiação. Um total de quase 70 mil a 80 mil pessoas vivendo em um raio de 20 quilômetros recebeu ordens para deixar a área.
A explosão que atingiu hoje o reator 3 da usina deixou expostas as barras de combustível do reator nuclear. Segundo funcionários da Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão (Nisa), a situação foi agravada por uma pane no sistema de bombeamento de água, que serve para refrigeração do reator. Caso as barras de combustível não sejam resfriadas, elas devem derreter e liberar radiação. O dano pode se espalhar se as paredes do reator tiverem fissuras.
Segundo a imprensa local, engenheiros da usina Daiichi, da Tokyo Electric Power (Tepco), também não conseguem enviar água do mar até o reator número 2 da usina. Hoje, mais cedo, funcionários da Nisa afirmaram que a pressão está se elevando significativamente e o nível do resfriamento da água está caindo no reator número 2.
A usina Daiichi foi danificada na sexta-feira pelo terremoto que atingiu o país, seguido de um tsunami. Autoridades usam água do mar para tentar substituir o líquido refrigerador que foi perdido. O porta-voz do governo, Yukio Edano, disse que as explosões destruíram os prédios de contenção, mas que os contêineres de aço em torno dos reatores ainda estavam intactos.
Segundo a Tepco, seis trabalhadores da usina foram expostos à radioatividade. Informações de agências de notícias citam 11 feridos na explosão.As informações são da Dow Jones.
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