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Fukushima

Japoneses retornam para casa 3 anos após tsunami

Kimiko Koyama, de 69 anos, com o marido Toshio, 72, ao voltarem para casa em Miyakoji, na região de Tamura | Issei Kato/Reuters
Kimiko Koyama, de 69 anos, com o marido Toshio, 72, ao voltarem para casa em Miyakoji, na região de Tamura (Foto: Issei Kato/Reuters)

Cerca de 350 moradores voltaram ontem ao distrito de Miyakoji, em Tamura, no Japão. A área é a primeira a ser liberada no raio de 20 km da usina nuclear de Fukushima, afetada pelo terremoto seguido de tsunami que atingiu o país em 2011.

Nos últimos três anos, a área foi descontaminada pelo governo, que foi obrigado a montar alojamentos temporários em outras partes da prefeitura de Fukushima para abrigar as 160 mil pessoas que precisaram deixar suas casas após o acidente nuclear.

Os primeiros moradores chegaram à região com o sentimento de voltar para casa, mas ainda com medo dos efeitos da radiação.

Apesar da descontaminação, a maioria das famílias que voltou para a região é de idosos. As escolas devem ser reabertas na semana que vem e a única creche do distrito recebeu ontem apenas 11 crianças.

Ainda ontem, funcionários da usina nuclear começaram a remover parte do gelo e da neve que estavam nos parques da região. Ainda não foi decidido o tempo que as crianças poderão permanecer fora de casa. Nos primeiros meses após o acidente em Fukushima, eles só podiam brincar ao ar livre por meia hora.

A limpeza da cidade faz parte do plano de descontaminação da região ao redor da usina nuclear, na qual o governo japonês deve gastar até US$ 30 bilhões (R$ 67,8 bilhões). No entanto, o padrão de radioatividade a longo prazo, de 1 milisiervert por ano, não deve ser atingido.

Na região de Miyakoji, os índices estão entre 0,11 e 0,48 microsierverts por hora, número abaixo dos 100 mil microsierverts que a Organização Mundial da Saúde diz ser o limite – se ultrapassado, os riscos de câncer na população aumentam.

A cidade também enfrentará a crise econômica, provocada pelo fim dos empregos dados pela operadora da usina nuclear e pelas atividades agrícolas.

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