O pesquisador Kenichi Okada, da universidade de Keio, em Tóquio, está demonstrando uma "impressora de cheiros" em uma conferência em Florença, na Itália, realizada pela Associação para Máquinas de Computação Multimídia. Okada trabalhou com a Canon para usar a capacidade da impressora de emitir minúsculas quantidades de tinta para emitir cheiros de forma precisa.
"Estamos usando a capacidade que uma impressora jato de tinta tem para emitir pequenos pulsos para conseguir um controle preciso", afirmou o pesquisador à "New Scientist".
Limão, baunilha, lavanda, maçã e menta foram alguns dos cheiros que Okada conseguiu produzir usando a impressora Canon alterada. A máquina é capaz de emitir um único picolitro (um bilhão de picolitros vale 1 mililitro) de aroma em 0,7 milissegundos, dando a precisão necessária para combinar os cheiros adequadamente isso depois de pulsos de um décimo de segundo, quando finalmente o aroma fica perceptível.
O cheiro também não fica forte demais ou duradouro demais, como aconteceu em algumas experiências semelhantes no passado em cinemas aromatizados, por exemplo. Segundo o pesquisador, o aroma desaparece depois de ser cheirado duas vezes, em média, permitindo que outro cheiro seja emitido.
Okada agora quer descobrir uma forma de unir automaticamente os aromas às imagens impressas, de tal forma que uma maça impressa em papel carregue também o cheiro de uma maçã.
Mas isso não vai ser fácil. Diferentemente das tintas, que formam todas as cores a partir de vermelho, verde e azul, não há receita capaz de formar todos os cheiros a partir de "aromas básicos", alertam pesquisadores.