Jatos de combate americanos interceptaram, na terça-feira (21), diversos bombardeiros russos no espaço aéreo internacional ao largo da costa do Alasca, disseram autoridades militares dos Estados Unidos nesta quarta (22).
É o segundo dias seguido que caças americanos detêm aeronaves russas em uma zona que se estende por aproximadamente 320 quilômetros pela costa oeste do Alasca. A área constitui a chamada Zona de Identificação de Defesa Aérea, espaço aéreo ao redor dos EUA e do Canadá assim definido por razões de segurança destes países.
"A aeronave russa permaneceu no espaço aéreo internacional e em nenhum momento entrou no espaço aéreo soberano dos EUA ou Canadá", disse o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) em um comunicado publicado em uma rede social.
Anteriormente, no dia 10 de maio, dois caças americanos interceptaram dois bombardeiros russos perto do Alasca.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que os seus bombardeiros Tu-95MS "foram atacados por caças F-22 da Força Aérea dos EUA", enquanto realizavam "vôos planejados ao longo da costa oeste do Alasca e na costa norte das Ilhas Aleutas".
"Pilotos de aviação de longo alcance realizam voos regulares sobre as águas neutras do Ártico, do Atlântico, do Mar Negro e do Oceano Pacífico. Todos os vôos são realizados em estrita conformidade com as regras internacionais de uso do espaço aéreo, sem violar as fronteiras de outros estados", salientou o Ministério de Defesa da Rússia em um comunicado.
De acordo com a CNN, os bombardeiros russos são vistos pelo Exército americano como parte de esforços de Moscou em treinar suas forças militares para uma eventual crise, ao mesmo tempo em que manda uma mensagem de força aos adversários.
Oficiais americanos dizem que aviões russos Tu-95 voaram diversas vezes na área nos últimos anos, sendo constantemente interceptados por jatos dos EUA e do Canadá.